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Segunda-feira

17 nov

Hoje é o dia mundial da dieta. Ou seja: devo começar a 42ª do ano. Hoje também é dia de encontrar com camarões/pimentões/tostadinhos fora de contexto pelas ruas. Sabem aqueles raios solares que apareceram no sábado?! Aqueles raros, que já foram embora?! Fizeram estragos seriíssimos em algumas pessoas que ainda não foram apresentadas ao protetor solar – ou que acham que não precisam dele, ou que não sabem passar direito (!). Tudo bem que a gente deve aproveitar quando o sol aparecer, já que virou algo tão raro… Mas sempre com bom senso, né gente?! Hoje também é dia de olhar a conta corrente e ver o tamanho do estrago – resultado de um final de semana que juntou: amigas + TPM + lojas (combinação bombástica!). Também é dia de pegar promoção no cinema e pagar R$ 4,00 (estudantes) no Iguatemi (promoção válida só no mês de novembro de segunda a quinta-feira). E também de organizar a agenda e planejar a semana – que vai ser super corrida e cheia de coisas legais – com direito a lançamento da coleção de alto-verão da Puramania na quinta-feira (escreverei mais detalhes sobre isso depois). E hoje também é dia de mais de dois milhões de consumidores catarinenses se livrarem das obrigações e fidelidade às operadoras de celular (ego!) e comemorarem a opção da escolha! Adoro! É que a partir de hoje a tão esperada portabilidade começa a valer para os moradores da área do código 48. Eba! Observemos a guerra que vai começar pela disputa dos clientes (a gente sempre sai ganhando com a concorrência). E hoje também é dia de escrever rapidinho aqui e começar as tarefas do dia. Fui!

Mais ou menos assim

16 out
Pedaço da minha mesa em Joinville

Pedaço da minha mesa em Joinville

Algumas pessoas têm perguntado qual é a minha “função” nas campanhas políticas das que fiz/faço parte. “O quê afinal tu fica fazendo aí, hein?”.

Pra esses curiosos, e para os outros que passam por aqui, deixo minha resposta, que vai um pouco além dos meus afazeres:

Tudo isso que está prestes a acabar em uma semana, começou muito tempo atrás. Para alguns no início do ano, para outros, em maio ou junho, e para mim, em julho. 

Os candidatos a prefeito, para chegar LÁ, precisam, entre muitas outras coisas ($$$), de boas campanhas, certo?  Certo. Para fazer essas campanhas, forma-se uma equipe, uma estrutura (física inclusive), como se fosse uma agência de verdade (e com prazo de validade), com profissionais de várias áreas – publicidade, jornalismo, cinema, computação gráfica, etc.

É mais ou menos assim (nas situações ideais – que, como eu já percebi, nem sempre são reais): tem O cara, o marqueteiro, que é quem define a estratégia da campanha, a linha pela qual vai seguir toda a comunicação da mesma – tanto os programas eleitorais gratuitos, quanto os comerciais. Depois dele, tem a agência de publicidade – cujos redatores escrevem os comerciais e às vezes os roteiros (que em alguns casos podem ser escritos por um roteirista, de fora da agência), sempre seguindo a mesma linha, definida pelo tal manda-chuva/marqueteiro. Para os comerciais e roteiros ficarem prontos e certinhos, as informações precisam ser atuais, corretas e exatas. Aí que eu entro: pesquiso e checo todos os dados “jornalísticos” (de todos os tipos imagináveis: de bairros da cidade a número de homicídios do local a número de automóveis, nascimentos, ambulâncias, etc.) pra passar pra eles.

Outra equipe que trabalha para o programa acontecer, é a de jornalismo: aquela que sai para fazer matérias, pegar depoimento das pessoas nas ruas, fazer enquetes e cobrir eventos e a agenda do candidato – como uma equipe de telejornal mesmo. Nos programas, vocês devem ter reparado que é meio comum ter matérias (mais ou menos) desse tipo, né? E é aí que eu entro de novo: faço a pauta desta equipe diariamente, levanto um monte de informações antes de irem para a rua, ligo para pessoas, marco horários para entrevistas, etc. Também repasso dados sempre que o pessoal que faz os comerciais solicita (e eu encontro!). E escrevo roteiros de alguns quadros dos programas. Também já fui pra rua fazer matéria. E já corrigi legendas dos programas. E dos comerciais. E também já dirigi entrevistado “importante”. E emprestei as minhas mãos para (ensaios de) comerciais. Sabem o Bombril? Tipo assim.

Tá, já falei da agência de publicidade, da equipe de jornalismo… Falta ainda a produção, que, em tese, é quem produz o que tiver que produzir (e olha que não é pouca coisa…), encontra personagens, atores e locações para os comerciais; também é responsável por organizar horários de gravação, transporte e locomoção das equipes, etc. Tem ainda os câmeras e seus assistentes (os do estúdio e os de externa); o pessoal da técnica, que cuida dos equipamentos; a maquiadora; o figurinista; a pessoa que cuida dos cenários; a tia que faz as comidinhas pra gente; o pessoal da limpeza; os motoras pra carregar todo esse povo pra cima e pra baixo e entregar as fitas nas emissoras sempre aos 44’ do segundo tempo; o financeiro (essencial!), que organiza e paga todas as contas; os editores, que são os que mais se ferram pra fechar os programas na madruga; os cabeçudinhos que fazem a computação gráfica; o pessoal da sonorização, que coloca as trilhas e efeitos; ah! Tem ainda a equipe responsável pelos programas de rádio – que grava os programas e comercias e tal. 

Mas, resumindo: são três “eixos” pra coisa toda acontecer: criação (publicidade e jornalismo), produção (se vira nos 30) e edição – cada qual com seu diretor-mor. Tudo isso convivendo diariamente durante alguns meses, no mesmo espaço. Claro que tem mais gente – o pessoal do comitê do candidato; o próprio e seus assistentes; o pai do candidato; os assessores; os figurões do partido do candidato; e os queridos e fofos que simpatizam com a “nossa” causa e ligam pra fazer denúncias bombásticas dos adversários que caem do céu no meu colo.

E também tem festa, cerveja e boteco.

A gente se ferra, mas se diverte.

É mais ou menos assim.