Arquivo | março, 2009

Chegaaa!

25 mar

Hoje de tarde pessoas vieram olhar a sala que a Em Voga tá deixando (sim, novo endereço a partir da próxima semana: Empresarial Terra Firme. Rua Domingos André Zanini, 277, sala 804). Um homem e duas mulheres. Até agora não entendi direito o que fazem. Disseram que trabalham com “arquivo morto” de empresas. Mediram todo o espaço e concluíram que cabem sete prateleiras (que devem comportar uma porrada de mortos. Arquivos mortos). E comentaram entre si: “Nossa, outro nível, né? É grande, tem janela, é tranquilo, claro. Teremos que comprar coisas mais bonitas pra combinar com a sala”. E eu pensando (baixo): “Tranquilo? Por que não conheceram o dono da loja de tapetes ainda. E nem tiveram o som do carro roubado. Mas pelo menos gostaram do roxo da parede… Bom, ficando aqui ou não, gostando da cor ou não, a sala ficará assim”.

Depois da visita dos possíveis locatários, me deparei com uma lagartixa no banheiro. Levei um cagaço (ainda bem que tava na privada) e dei um berro. Chega né??? Depois do vizinho árabe que me agrediu (relembre aqui), do rato na portaria, do meu carro arrombado (sim, levaram o som segunda-feira de tarde. E meu óculos que tava no porta-luvas), uma lagartixa me vendo fazer xixi? Nah, nah, chega!

Atendimento nota zero, parte 2

24 mar

Se há algo que Floripa não tem do que se orgulhar no alto dos seus 283 anos completados ontem, esse algo é o atendimento ao cliente. Já falei sobre isso outras vezes, mas infelizmente, me vejo obrigada a repetir o assunto aqui. Bem que me avisaram: “Nem vai lá, o atendimento é péssimo, tá tudo muito atrapalhado e a equipe não tem preparo nenhum”. Mesmo assim, no último final de semana, resolvi conhecer a nova versão de bar/café/restaurante 24h reaberto neste mês no centro da cidade. 

Chegando lá, logo na porta, o maître despejou uma nada breve apresentação da casa, reforçando que “possuíam a mais completa carta de vinhos de Florianópolis, que tudo que quiséssemos beber eles tinham, assim como também ofereciam tudo que quiséssemos comer, e uma variedade imensa de sobremesas. Sem falar do atendimento: excelente”! Uau! 

Menos de meia hora depois de toda essa propaganda, tudo veio abaixo – em mim, aliás. Ao pegar o primeiro copo de chopp da noite, para tomar o último gole, tchanannn! O copo estourou na minha mão. Assim, do nada. Depois de sair da mesa, antes de chegar a minha boca. Espatifou, na minha mão. Foram alguns segundos tentando entender o que tinha acontecido. “Ok, não me cortei, minha mão tá ok, minha boca também. Não tem sangue aqui, mas meu vestido encharcou, ok ok, dos males o menor”.  

Chamei o garçom. Relatei o acidente. Com um risinho que ainda não conseguir decifrar, nem entender por que diabos estava no rosto dele, limpou a mesa e pegou os cacos. Saiu. “Ele não entendeu né? Ele acha que eu to bêbada e deixei o copo cair, é isso?”. Chama o garçom de novo. Volta com o mesmo risinho que não fazia sentido. Aí eu contei mais uma vez o que acabara de acontecer. Aí, bom, aí ele tentou justificar o injustificável. Foi trágico. “Olha, todos os copos são conferidos antes de serem usados. Você tá vendo que o cristal é muito fino e frágil, né? Qualquer esbarrão ele pode quebrar.” Uma amiga interrompe: “Moço, olha pra mão dela. Acha que ela conseguiria quebrar um copo com a mão?”. Continua a leréia, acompanhada do risinho maldito: “Não, veja bem… Não é isso. É que se o copo tivesse trincado, ele não chegaria até o final do chopp, certo? A casa cuida muito bem de seus objetos. Todos os copos foram conferidos, um a um”. Eu ali, molhada de chopp, incrédula com o tamanho da falta de noção: “Tá, então se vocês cuidam muito bem dos copos e tudo tem um excelente padrão de qualidade, você tá querendo dizer que fui eu a culpada, é isso?”. “Não, veja bem…”. Enfim… Ficou nisso por algum tempo. Não que a culpa fosse dele. Ou da casa. Ou minha. Às vezes copos estouram mesmo. Acontece. Então pelamordedeus, pede desculpa pro cliente, traz outro chopp e deu.  Não tenta defender o que não tem defesa e insinuar que a culpa é do cliente. 

Na saída, claro, chamei o maître. O mesmo da fala linda e maravilhosa sobre o melhor lugar do mundo que estávamos prestes a conhecer. Contei todo o desastre e reclamei do garçom que tentara me convencer que talvez, quem sabe, de repente, eu que tinha quebrado o copo. Ele fechou a porta do bar/café/restaurante 24h, ficou do lado de fora conosco e desabafou: “Olha, eu sou terceirizado aqui. Sou funcionário de uma empresa que presta serviço. Mas sinceramente? Não concordo com muita coisa que acontece aí dentro. Tudo errado. A começar pelo dono. E só tem puxa-saco dele trabalhando. Esse garçom que te atendeu devia ser mais um deles. Vocês me desculpem mesmo.”

Tá né…Se o dono do lugar é bom ou mau profissional, não sei. Mas sei que não adianta investir na infraestrutura, que realmente é muito legal, e não se importar com a equipe que vai trabalhar pra ele. E com os copos que serão usados.

Tá pronto!

23 mar

(respondendo o comentário do Lóssio no post anterior):

O maior coelho de chocolate do mundo está pronto e pode ser conferido de perto no vão central do Beiramar Shopping, em Florianópolis (SC). Após nove dias de trabalho, o consultor gastronômico da Nestlé Food Services, Luiz Fernando Cechinel, concluiu a obra, que acabou mais pesada que o esperado: quase 3 toneladas em 3.4 metros de altura.

O coelho ficará no shopping até dia 10 de abril (sexta-feira Santa), quando será quebrado para ser distribuído a entidades carentes. 8.705 crianças de 55 creches vão receber 250 gramas de chocolate cada uma no dia 11 (sábado). 

 

Acredito que ninguém vai espirrar no coelho né?! Espero que não! Hehehe. By the way… ele será protegido até a partilha =)

Pra conferir como foi a montagem, clique aqui.

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Chocolate – overdose de

13 mar

Acho que um desse tava bom pra mim:

Maior coelho de chocolate do mundo começa a ser montado no Beiramar Shopping

(…) terá 2,5 toneladas, 3.4 metros de altura e deve bater o recorde mundial. Em 2007, um com 2,2 toneladas entrou para o site oficial do Guinness como o maior já feito na história.

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Quer babar? Tá lá no vão central do Beiramar (centro de Floripa). Mulheres na TPM mantenham distância. Clarissa em qualquer dia, mantenha distância também.

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Solidariedade – falta de

9 mar

Ontem a chuva que caiu durante quase todo o dia em Florianópolis trouxe novembro de 2008 de volta. E o Fantástico também, que foi a Blumenau e Ilhota três meses depois da tragédia do ano passado. A tristeza também voltou. Os dramas e relatos dos sobreviventes ainda me arrepiam e entristecem. Como me entristeceu história que ouvi semana passada sobre este mesmo assunto, mas sob outro ponto de vista.

Enquanto as cidades vizinhas, o estado e o Brasil inteiro se mobilizava pra enviar ajuda e socorro pra cá, algumas fábricas da região atingida, lideradas por descendentes alemães, exigiam cumprimento do horário de trabalho. Ouvi isso, estarrecida, de quem passou por esta cobrança “trabalhista”. Impossibilitada de voltar para a sua cidade, no Vale do Itajaí, estilista de uma empresa do setor têxtil ficou em Florianópolis por três dias a mais que o previsto. Três dias em que o mundo desabava em água sobre SC. Mas três dias “úteis” para a fábrica na qual trabalhava/trabalha. Muitos funcionários tinham sido diretamente atingidos pela chuva e haviam perdido tudo: casa, família, uma vida inteira, mas ainda assim, três dias “úteis”. Quando conseguiu pegar a estrada, retornar à cidade e ao trabalho, a tal profissional foi cobrada por sua chefe, que logo quis saber quando ela cumpriria as horas que estava devendo… Afinal ela faltara três dias só por causa da chuva =)

Chuva que causou uma das maiores catástrofes naturais do país. A chefe sensata e sensível devia dar a mão pro nosso (futuro ex?) governador e sair pro mundo. Ele com os turistas que ameaçavam não vir passar as férias no litoral catarinense, e ela com as importantíssimas horas úteis. “Sair pro mundo” pra não dizer outra coisa.